Quando
temos que parar e apontar para algo, me lembra discriminação. Um ato de ter que
separar um dia do ano para se celebrar algo que deveria ser respeitado
cotidianamente me lembra discriminação. As cores que devem ser defendidas são
as cores da paz, da harmonia, da humildade e da fraternidade. Ao destacarmos
uma data para disfrutarmos de um benefício como um feriado, onde a maioria não
está preocupada com o santo, mas apenas com o milagre, estamos também
disseminando a discriminação. Quem se lembrou de utilizar o seu dia livre para
fazer algum ato humanitário? Mas aposto que muitos lembraram de fazer suas
comemorações pessoais, regadas a muita fartura. Para os descalços que
perambulam pelas calçadas pouco importa se é ou não feriado; o país não lhes
proporciona oportunidades de trabalho. Pouco importa se o dia está livre; as
condições em que vivem não lhe permitem que façam festas. Pouco importa se está
sol; pois a chuva, pelo menos, lhes proporciona um banho (mesmo que
involuntário). Livrem-se dessas correntes e mordaças que maquiam e escondem a
sociedade primata em que vivemos, onde uns desperdiçam água em suas piscinas e
outros não a tem nem para saciar a sede, e vamos lutar por uma melhor
distribuição de renda.
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