A liberdade é algo que se valoriza mais quando não se tem. O
cerceamento de sua liberdade abre sua mente para o querer. Querer conhecimento,
querer estudo, querer cultura. Porque não é assim quando a temos? Simples... A
sensação de bem estar que a liberdade proporciona nos coloca na defensiva, pois
teoricamente podemos fazer o que quisermos. Então porque fazer hoje? É tudo
nosso, nós estamos tranquilos. E assim acabamos por abrir mão de seu uso,
abrindo espaço para que comecem a nos privar dela novamente, e isto torna-se um
vicio.
O que não percebemos é que a cada ciclo completo deste
processo perdemos um pedaço dessa liberdade. E a cada vez que a reconquistamos
ela vem menor. E não nos damos conta. Sempre o alívio que ela traz já nos
conforta, mas provavelmente não a usaremos de novo.
O que nos falta é o poder decisivo sobre nós mesmos, de
rumar nossas carreiras, nossas vidas, o futuro que sonhamos aos nossos filhos,
enfim, buscarmos com afinco o que realmente queremos. Lembre –se que nem sempre
querer é poder. Mas se podemos, porque não querer? Liberdade: Use-a, pois a
próxima oportunidade pode levar anos...
Parodiando sobre a situação atual de nosso país (se é que
podemos fazê-lo) o que vivemos é um rescaldo mal sucedido, uma pós ditadura,
uma contra cultura no sentido pleno e absoluto das palavras. O fator que leva
alguns (muitos, talvez) a cogitar comparar a situação atual com o tempo de
militarismo, pendendo para o que deveria ser banido permanentemente do mundo, a
ditadura – seja ela em qualquer aspecto ou condição, lembrando que ela vem de
mãos dadas com a perda da liberdade, dos seus direitos, mantém a violência (que
deixa de ser do lado proibido e passa para o lado da lei) e gera um atraso que
resulta nas condições que temos hoje. E não ouse dizer que democracia é isso
que vemos nos nossos políticos pseudo-intelectuais, cultuadores de padrões e
líderes ultrapassados com pensamentos infundados e duvidosos que assolaram
desde a antiga União Soviética e se alastraram pelo mundo, criando falsos
mártires, magos da verdade, adotem eles ou não sobrenomes como Hitler, Hussein,
Kadafi, Chávez, Mussolini, Sung, Jong e tantos outros, mas que chegaram ao
sucesso em seus projetos utilizando a mesma técnica: A ignorância e inocência
do povo. Pense, nós não vivemos uma democracia em sua plenitude, vivemos um pós
modernismo da ditadura, com ditadores disfarçados de democratas em busca da
perpetuação e fortalecimento de sua espécie, passando o poder de pai para
filho. E eles se reproduzem com tal agilidade e versatilidade que deixam
coelhos envergonhados, até os que saem da cartola...
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