quarta-feira, novembro 13, 2013

Gosto do que não gosto

Gosto mais da minha parte imperfeita, aquela que roga a Deus toda hora
Que pede perdão sempre e perdoa a quem sempre me desafora
Gosto mais da parte sensível que há em mim..., deixando-me como um livro ao vento
Expondo-me àquele que sem pudor me dá o tapa, na outra face, ao mesmo tempo
E gosto muito mais da minha quietude diante de tanta indignação
Que por vezes fala mais alto que minha voz, a chama dentro do peito
Que me reduz ao menor do menor ser, sem condição e sem ação
E me dá combustível pra viver mais e fazer cada vez mais bem feito
Gosto também deste meu jeito, meio sem jeito e sem sentido, sempre escondido
Mostrando força e naturalidade diante de qualquer situação adversa e diferente
Pois não tenho o tamanho de coragem que gostaria de ter, mas não fico arrependido
Pois sou verdadeiro, luto por justiça e não gosto de nada meramente aparente
Já não sei se gosto de quando estou assim, mas com um gesto fácil, mudo de mim

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