quinta-feira, julho 21, 2011

Me sinto só(L)

Cai a tarde, a brisa logo vem
Da janela penso sem querer
Quero algo que ninguém tem
Talvez nem é de ter, é de ser

Um pensamento mais profundo
Um pesar menos obscuro
Sensação de estar no mundo
Sem passar nenhum apuro

Deve ser esta indefinição
Do que eu sou e não se nega
Sem nenhuma perfeição
Mas quase ninguém enxerga

Porque tantas interrogações?
Será para atordoar meu interior?
Estas infinitas inquietações
Me impedem de ser um ser melhor

O que seria do sol a se por
Da lua intensa a brilhar
Da imensa nuvem de isopor
Sem eu para contemplar?

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