Cai a tarde, a brisa logo vem
Da janela penso sem querer
Quero algo que ninguém tem
Talvez nem é de ter, é de ser
Um pensamento mais profundo
Um pesar menos obscuro
Sensação de estar no mundo
Sem passar nenhum apuro
Deve ser esta indefinição
Do que eu sou e não se nega
Sem nenhuma perfeição
Mas quase ninguém enxerga
Porque tantas interrogações?
Será para atordoar meu interior?
Estas infinitas inquietações
Me impedem de ser um ser melhor
O que seria do sol a se por
Da lua intensa a brilhar
Da imensa nuvem de isopor
Sem eu para contemplar?
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