terça-feira, abril 11, 2006

Refeição

A mesa estava posta então
Não havia ninguém para comer
O arroz disse para o feijão
O que importa é que estamos a nos ver
Você ficou tempos naquela lata
No armário acima de mim, naquele estado
E eu com saudades não sabia o que fazer
Só me restavam as lembranças do mercado
Onde ficávamos lado-a-lado
E por sorte, viemos para o mesmo lar
Agora, ninguém vem nos saborear
Será que os talheres podem algo nos contar?
Acho que não, o garfo está sozinho
A faca tinha trabalho hoje, para terminar
E nosso destino é ficar aqui e esfriar

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